Onze mil correspondências não foram entregues
A greve dos carteiros, que começou no primeiro dia do mês de julho, continua em todo o País. O movimento da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect, filiada à CUT) e dos sindicatos dos trabalhadores dos Correios tem o objetivo de pressionar a empresa a abrir novas negociações salariais.
Em Brusque, 60% do efetivo dos funcionários do setor de distribuição da empresa aderiram ao movimento. Dos 36 carteiros locais, 22 acompanham o movimento sindical. De acordo com dados oficiais fornecidos pela assessoria de imprensa dos Correios em Santa Catarina, até ontem 11 mil correspondências não foram entregues.
Diante do resultado, a empresa decidiu priorizar o serviço de entrega rápida via Sedex e também correspondência estilo malotes e telegramas. Os objetos que envolvem faturas e cartões de créditos terão preferência nos despachos.
A Federação e os sindicatos da categoria entraram com um processo na Justiça do Trabalho para impedir a contratação de mão-de-obra terceirizada. Essa alternativa já chegou a suprir a necessidade do setor de distribuição em casos anteriores de greve. Em função disso, a agência local não contratou funcionários em caráter temporário.
Os trabalhadores reivindicam perdas salariais desde 1994 e abono de periculosidade.
A empresa ofereceu reajuste de 3,74%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em Santa Catarina, até ontem um 1 milhão e 200 mil correspondências ainda não haviam sido entregues devido à paralisação. A empresa confirma que 550 funcionários estão em greve, representando 14% do efetivo do setor de distribuiçãodo setor de distribuiça maioria rios estao indice 94 e abono de periculosidade. ara impedir a contrataç, sendo a maioria composta por carteiros.
A Capital do estado está com 50% do efetivo no movimento de greve e municípios como Itajaí, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Chapecó e Brusque têm os maiores índices de adesão.